domingo, 4 de outubro de 2015

Arte Indigena





A arte indígena brasileira é um tipo de arte produzida pelos povos nativos brasileiros, antes, durante e depois da colonização portuguesa, que começou no século XV.

Devido à grande diversidade dos índios brasileiros, é difícil definir um padrão artístico, porém, a cerâmica, o trançado, os enfeites do corpo, as danças e os rituais merecem destaque. É importante saber que quando falamos que um objeto indígena é artístico, provavelmente estaremos lindando com conceitos da nossa civilização, porém, estranhos aos índios. Para eles, o objeto precisa ser perfeito ao produzido, e não na sua utilização.

Outro aspecto importante, é que a arte indígena é a representação de uma tribo, e não da personalidade de quem o faz. Por isso, essa arte é tão diversificada. Eles também usam apenas elementos naturais na composição da arte: madeira, palhas, cipós, resinas, ossos, dentes, couro, conchas, pedras, sementes, plumas, tintas, e etc. As peças de cerâmica mostram os muitos costumes dos povos indígenas. 

As máscaras para os índios, são produzidas pelo homem comum, mas ao mesmo tempo, são a figura viva do sobrenatural. São feitas com troncos de árvores, cabaças, palhas, e são normalmente usadas em danças cerimoniais. As cores mais usadas pelos índios são: o vermelho muito vivo, o negro esverdeado, e o branco. A importância desse tipo de cor, é que ao fazerem a pintura corporal, os eles tem a intenção de transmitir a alegria com cores vivas e intensas. Além do mais, através dessa pintura corporal, as tribos se organizam socialmente, como por exemplo: guerreiros, nobres e pessoas comuns.





A música e a dança estão frequentemente associadas aos índios e a sua cultura, variando de tribo para tribo. Em muitas sociedades indígenas a importância que a musica tem na representação de ritos e mitos é muito grande. Cada tribo tem seus próprio instrumentos, havendo também os instrumentos que são utilizados em diferentes tribos no entanto de diferentes formas como é o caso do maracá ou chocalho, onde em determinadas sociedades indígenas como a dos Uaupés o uso do mesmo acontece em cerimonias religiosas, já outras tribos como a dos Timbiras é utilizado para marcar ritmo junto a um cântico por exemplo. A dança junto aos indígenas se difere da nossa por não dançarem em pares, a não ser por poucas exceções como acontece no alto Xingú. A dança pode ser realizada por um único indivíduo ou por grupos.




Os trançados feitos pelos indígenas possuíam como matérias-primas as folhas, palmas, cipós, talas e fibras. Os indígenas produzem uma variada gama de peças de vestuário, cestas e redes, além de perneiras e abanos.

Os principais produtos que eram produzidos com esta arte de tecelagem eram as vestimentas, que caracterizam muito a sua cultura indígena, já que dependendo de qual cultura a vestimenta também muda.

Nos trabalhos de cestaria dos índios há uma definição bastante clara no estilo do trabalho, de forma que um estudioso da área pode através de um trabalho em trançado facilmente identificar a região ou até mesmo que tribo o produziu. As cestarias são utilizadas para o transporte de víveres, armazenamento, como recipientes, utensílios, cestas, assim como objetos como esteiras.








As peças de cerâmica que se conservaram ao longo do tempo testemunham costumes de diferentes povos indígenas já desaparecidos, numa linguagem artística que nos impressiona. Elas possuem várias formas diferentes para cada local, como também figuras, isso explica a diversidade cultural presente na época indígena.

A fabricação de artefatos de cerâmica não é característica de todas as tribos indígenas. Entre os Xavantes, por exemplo, ela falta totalmente. Em algumas sua confecção é bastante simples, mas o que é importante ressaltar é que por mais elaborada que seja a cerâmica sua produção é sempre feita sem a ajuda da roda de oleiro. As cerâmicas são utilizadas na fabricação de bonecas, panela, vasos e outros recipientes. Muitas são produzidas visando atender a demanda dos turistas.



Para os indígenas, as máscaras têm um caráter duplo: ao mesmo tempo que são um artefato produzido por um homem comum, são a figura viva do ser sobrenatural que representam. Feitas com cascas de árvores, cabaças de palhas de buriti, geralmente são usadas em danças cerimoniais, representando personagens da mitologia indígena. Com seu simbolismo, as máscaras aproximam estas forças sobrenaturais ao indivíduo e materializam todos os códigos inscritos nos rituais e mitos, facilitando a leitura que cada um dos índios fará destes códigos.


Um aspecto recorrente nas mitologias indígenas é que em um passado distante aconteceram conflitos entre as entidades representadas pelas máscaras e os índios, porém no presente os índios preparam festas que servem para "alegrar" e controlar estas entidades. Assim os índios superam os confrontos passados, e influenciam as forças sobrenaturais em favor de seus interesses.




Essa é uma arte muito especial, pois ela não está associada a nenhum fim lucrativo e sim apenas à pura busca da beleza, com esta arte os índios criam mantos, diademas e colares. Uma das peças mais conhecidas é o “manto Tupinambá” confeccionada pelos Tupinambás, para serem usadas pelos pajés.

Existem dois grandes estilos na arte plumária, são eles, os trabalhos majestosos e grandes, como os diademas, e os delicados adornos de corpo, que está no colorido e na combinação dos matizes, que seriam um tipo de colar.




A confecção de instrumentos de pedra (ex.: machadinhas) fora de extrema importância no passado indígena, mas nos dias atuais os índios não mais costumam produzir artefatos em pedra devido à inserção de instrumentos de ferro, que se mostraram mais eficientes e práticos, embora algumas tribos ainda utilizam estes artefatos para ocasiões especiais.
Esta arte acabou sendo também um dos fatos mais importantes ocorridos na arte indígena, pois foi um momento em que os índios desenvolveram-se na caça, alimentação, vestimentas entre outros.



Fonte: http://artedosindigenas.blogspot.com.br/

A ARTE NA PRÉ-HISTÓRIA

Um dos períodos mais fascinantes da história humana é a Pré-História. Esse período não foi registrado por nenhum documento escrito, pois é exatamente a época anterior à escrita. Tudo o que sabemos dos homens que viveram nesse tempo é resultado da pesquisa de antropólogos, historiadores e dos estudos da moderna ciência arqueológica, que reconstituíram a cultura do homem.

Consideramos como arte pré-histórica todas as manifestações que se desenvolveram antes do surgimento das primeiras civilizações e, portanto, antes da escrita. No entanto, isso pressupõe uma grande variedade de produção, por povos diferentes, em locais diferentes, mas com algumas características comuns.

A primeira característica é o pragmatismo, ou seja, a arte produzida possuía uma utilidade material, cotidiana ou mágico-religiosa: ferramentas, armas ou figuras que envolvem situações específicas, como a caça. Cabe lembrar que as cenas de caça representadas em cavernas não descreviam uma situação vivida pelo grupo, mas possuía um caráter mágico, preparando o grupo para essa tarefa que lhes garantiria a sobrevivência.

As manifestações artísticas mais antigas foram encontradas na Europa, em especial na Espanha, sul da França e sul da Itália e datam de aproximadamente de 25 000 a.C., portanto no período paleolítico. Na França encontramos o maior número de obras pré-históricas e até hoje em bom estado de conservação, como as cavernas de Altamira, Lascaux e Castilho.


Arquitetura

Os grupos pré-históricos eram nômades e se deslocavam de acordo com a necessidade de obter alimentos. Durante o período neolítico essa situação sofreu mudanças, desenvolveram-se as primeiras formas de agricultura e consequentemente o grupo humano passou a se fixar por mais tempo em uma mesma região, mas ainda utilizavam-se de abrigos naturais ou fabricados

com fibras vegetais ao mesmo tempo em que passaram a construir monumentos de pedras colossais, que serviam de câmaras mortuárias ou de templos. Raras eram as construções que serviam de habitação. Essas pedras pesavam mais de três toneladas, fato que requeria o trabalho de muitos homens e o conhecimento da alavanca. 

Esses monumentos de pedras foram denominados "megalíticos" e podem ser classificados de: dólmens, galerias cobertas que possibilitavam o acesso a uma tumba; menires, que são grandes pedras cravadas no chão de forma vertical; e os cromlech, que são menires e dólmens organizados em círculo, sendo o mais famoso o de Stonehenge, na Inglaterra. Também encontramos importantes monumentos megalíticos na Ilha de Malta e Carnac na França, todos eles com funções ritualisticas.

Escultura


A escultura foi responsável pela elaboração tanto de objetos religiosos quanto de utensílios domésticos, nos quais encontramos a temática predominante em toda a arte do período. Animais e figuras humanas, principalmente figuras femininas, conhecidas como Vênus, caracterizadas pelos grandes seios e ancas largas, são associadas ao culto da fertilidade;

Entre as mais famosas estão a Vênus de Lespugne, encontrada na França, e a Vênus de Willendorf, encontrada na Áustria. Elas foram criadas principalmente em pedras calcárias, utilizando-se ferramentas de pedra pontiaguda.

Durante o período neolítico europeu (5000a.C. - 3000d.C.) os grupos humanos já dominavam o fogo e passaram a produzir peças de cerâmica, normalmente vasos, decorados com motivos geométricos em sua superfície. Somente na idade do bronze a produção da cerâmica alcançou grande desenvolvimento, em virtude da sua utilização na armazenagem de água e alimentos.



Pintura 

As principais manifestações da pintura pré-histórica são encontradas no interior de cavernas, em paredes de pedra e a princípio retratavam cenas envolvendo principalmente animais, homens e mulheres e caçadas, existindo ainda a pintura de símbolos, com significado ainda desconhecido. Essa fase inicial é marcada pela utilização predominantemente do preto e do vermelho e é considerada naturalista.

No período neolítico, a pintura é utilizada como elemento decorativo e retratando as cenas do cotidiano. A qualidade das obras é superior, mostrando um maior grau de abstração e a utilização de outros instrumentos que não as mãos, como espátulas.

Por volta de 2000 a.C. as características da pintura apresentavam um nível próximo ao de formas escritas, preservando porém seu caráter mágico ou religioso, celebrando a fecundidade ou os objetos de adoração (totens).

fonte: http://www.brasilescola.com/historiag/arte-pre-historia.htm

Arte Rupestre

Arte Rupestre é o mais antigo tipo de arte da história. Também é conhecida como gravura ou pintura rupestre. Esse tipo de arte teve início no período Paleolítico Superior. A arte rupestre é encontrada em todos os continentes.

Arte Rupestre em rocha nos EUA. Foto: Mark Herreid / Shutterstock.com


O estudo da arte rupestre favoreceu o conhecimento de pesquisadores em relação aos hábitos dos povos da antiguidade e a sua cultura. As matérias primas utilizadas para a expressão artística dos povos da antiguidade eram: pedras, ossos e sangue de animais. O sangue, assim como o extrato de folhas de árvores era utilizado para tingir. Silhuetas de mão e pés, portanto, devem ser as mais primitivas expressões artísticas.


As principais obras eram desenhos e pinturas, tendo como tela as paredes e tetos de cavernas. Eram representados, principalmente, animais selvagens, linhas, círculos e espirais. Seres humanos eram mais representados em situações de caça. Ossos, pedras e madeiras eram utilizados em esculturas.


A idéia de que a arte rupestre é obra dos homens pré-históricos foi aceita por especialistas apenas em 1902.


Arte rupestre. Foto: Janelle Lugge / Shutterstock.com


Na América, além da arte rupestre pré-histórica, é encontrada a arte chamada de pré-colombiana, fruto do trabalho de astecas, maias e incas. São esculturas, pinturas, e grandes templos construídos com pedras.


No território brasileiro existem vários sítios de arte rupestre pré-histórica. Existem pesquisadores que defendem a tese de que a arte rupestre, no Brasil, não seria obra dos índios, e sim de gregos, vikings ou fenícios que teriam passado por aqui. O maior sítio brasileiro de arte rupestre fica no estado do Piauí, precisamente na Serra da Capivara.


No Brasil, os desenhos de diferentes épocas sugerem rituais, cenas de sexo, animais, cenas de luta ou mesmo representações geométricas. Estudos têm apontado a possibilidade de alguns desenhos representarem algumas noções de astronomia.


A arte rupestre brasileira, diferente do que ocorre em outros países, não é preservada devidamente. Apesar de tratar-se de um patrimônio histórico (ou pré-histórico) o descuido, queimadas, a ação de empresas de mineração, e as depredações típicas de turistas (como carregar lembranças) e dos pichadores (vândalos), é uma ameaça a esse patrimônio de valor inestimável.



                                           

                                            



Por Thais Pacievitch
Fonte: http://www.infoescola.com/artes/arte-rupestre/